Marinada: 6 tipos para quebrar a rotina e elevar o preparo de carnes no seu dia a dia

Descubra o poder da marinada para elevar o nível de sabor e textura da carne, transformando até uma refeição do dia a dia em um momento especial.

Por Redação em 10 de dezembro, 2025

Atualizado: 10/12/2025 - 12:06

Carne suculenta sendo temperada com pimenta e especiarias para marinada deliciosa, ideal para preparar pratos saborosos na cozinha.
Foto: Jag_cz / Shutterstock

O sal é o companheiro perfeito para realçar o sabor da carne, mas a marinada é uma ciência que eleva o padrão do preparo e até do churrasco a outro nível. Combinando ciência e técnica, esse tipo de tempero, originalmente criado para conservar o alimento, consiste na combinação de ácidos, sais, óleos e enzimas que atuam sobre proteínas e fibras, aprimorando a textura e o sabor da carne.

Para cada ocasião, tipos de carne, de corte, forma de preparo e, é claro, paladar, existe uma receita diferente que concilia com maestria os ingredientes de acordo com a combinação entre eles, a reação química sobre o alimento e o aroma. É uma forma de transformar um prato do dia a dia em uma refeição especial, como os cortes da marca PUL da Minerva Foods, que representa conveniência e nutrição, oferecendo uma excelente relação custo-benefício.   Conheça a seguir os principais tipos de marinada.

1 – Dry brine (salga seca)

Cortes de carne com dry brine (salga seca) sendo preparados na grelha, ideal para quem busca técnicas de conservação e sabor aprimorado na carne.
Foto: Ralfa Padantya / Shutterstock

Esta técnica consiste em esfregar sal e ervas na carne e deixá-la na geladeira por horas ou por alguns dias. Nesse processo, o sal “puxa” água, dissolve-se e é absorvido, ajudando na retenção de sucos, enquanto tempera o alimento internamente.

2 – Marinada úmida

Carnes bovinas com marinada úmida de ervas, pimentas e azeite, pronta para grelhar ou assar, ideal para preparar pratos com marinada úmida.
Foto: Enez Selvi / Shutterstock

Marinada úmida é uma técnica em que alimentos são imersos em uma mistura líquida, geralmente composta por um ingrediente ácido (vinho, vinagre, mostarda, iogurte ou suco cítrico de laranja ou limão), óleos (óleo de gergelim, azeite, entre outros) e temperos (de ervas – alecrim, tomilho, orégano, sálvia, manjericão e demais – a outros temperos secos – páprica,  açafrão, lemon pepper, entre outros), com o objetivo de realçar sabor, textura e aroma.

No entanto, é importante compreender como os efeitos da marinada úmida diferem dos da salga seca, já que cada técnica atua de forma distinta na carne. A tabela abaixo detalha essas diferenças:

AtributoMarinada (úmida)Dry brine (salga seca)
DefiniçãoLíquido temperado (ácido, óleo, ervas) onde a carne é imersa antes do cozimento.Sal (às vezes com ervas/especiarias) aplicado na superfície da carne, que deve ficar na geladeira em seguida.
Objetivo principalInfundir sabores; amaciar superficialmente com ácidos ou enzimas.Temperar de dentro para fora; melhorar a retenção de sucos e a formação de crosta durante o cozimento.
Componentes típicosÁcido (vinagre/cítricos), óleo, sal, ervas, açúcar.Sal grosso ou kosher; opcional: pimenta, alho e ervas secas.
PenetraçãoLimitada à superfície (milímetros); sabores profundos raros.Sal penetra por osmose, temperando mais profundamente.
Tempo recomendado30 min a 12h (depende do ácido e do corte).1h a 48 h (cortes grandes geralmente 24h–48 h).
Cortes indicadosPeças finas, bifes, frango em pedaços, peixe (curtos tempos).Cortes grandes, aves inteiras, costelas, assados.
Efeito na texturaPode amaciar a superfície; excesso de ácido/enzima pode deixar a carne “mole”.Reestrutura proteínas para reter mais água; melhora suculência.
Riscos/precauçõesMarinar demais com ácido ou frutas enzimáticas pode “cozinhar” o alimento, deixando-o com uma textura mole em excesso.Selar demais se o tempo e a concentração da mistura não forem controlados.
Preparação antes da grelhaSecar superficialmente para selar; pode usar a marinada reduzida como molho (se cozida).Não enxaguar; deixar superfície seca para melhor Maillard (reação entre aminoácidos e açúcares redutores).
Resultado na grelhaSabor intenso na superfície; menos crosta, se muito úmida.Crosta mais pronunciada e sabor uniforme; melhor caramelização.

Fonte: On Food and Cooking: The Science and Lore of the Kitchen

3 – Salmoura (brine) líquida

Carne mergulhada em salmoura líquida (brine) em uma panela preta, com especiarias e limão, ideal para preparar carnes suculentas e saborosas.
Imagem gerada digitalmente

Salmoura é uma solução de água e sal que aumenta a suculência e tempera a carne de dentro para fora; quando feita corretamente, ela evita o ressecamento durante o preparo e melhora a textura.

Açúcar e aromáticos podem ser misturados à solução, permitindo que a carne absorva e retenha mais líquido. De maneira geral, é recomendável trabalhar com 5% a 6% de sal por peso de água (cerca de 50/60g por litro) para aves e cortes comuns; ajustes podem ser feitos conforme o tipo de sal (como kosher ou de mesa) e o tempo de imersão. Como referência prática, basta utilizar cerca de 1 litro de água para cada 1 kg de carne, garantindo que a peça fique totalmente submersa e que a concentração de sal seja mantida para um resultado uniforme.

Um artigo do Shungrill possui receitas detalhadas sobre o processo de salmoura, o qual pode ser incorporado em qualquer corte.

4 – Marinada ácida clássica

Uma marinada ácida clássica em uma tigela transparente, acompanhada de limões cortados ao lado, especiarias e gotas de limão na superfície da marinada, ideal para realçar sabores em receitas culinárias.
Foto: RESTOCK images / Shutterstock

Este processo consiste em utilizar ingredientes como vinagre, vinho, iogurte, mostarda ou sucos cítricos para quebrar proteínas superficiais da carne, amaciar e adicionar sabor. Ela é especialmente indicada em cortes finos e deve ser feita sob controle, a fim de evitar que a carne fique mole demais. As escolhas mais comuns são:

  • Vinagres: maçã, vinho tinto, balsâmico – cada qual traz notas distintas;
  • Cítricos: limão, lima, laranja – adicionam frescor e acidez brilhante;
  • Cerveja: além da acidez, oferecem complexidade aromática;
  • Iogurte ou leitelho: ácidos suaves que amaciam a carne, sem agredir a textura.
  • Mostarda: traz acidez moderada e atua como emulsificante, ajudando a distribuir melhor temperos e a manter a umidade da carne.

Outra vantagem das marinadas ácidas é que elas desempenham um papel na preservação dos alimentos: um ambiente é criado para impedir a proliferação de bactérias nocivas à saúde.

5 – Marinada enzimática (frutas)

Preparados ingredientes para fazer uma marinada enzimática de frutas, incluindo uma mistura de frutas picadas, morangos frescos e sementes, ideal para cozinhar de forma saudável e natural.
Foto: Tria angin / Shutterstock

Enzimas naturais, como bromelina (abacaxi), papaína (mamão), actinidina (kiwi) e amilases (manga) podem ser usadas para quebrar proteínas e fibras da carne, tornando-as mais macias em pouco tempo.

A bromelina é indicada em cortes duros, enquanto a actinidina atua de forma rápida e uniforme, sendo indicada para carnes nobres. Já as amilases, além de amaciar, adicionam leve dulçor à comida, tornando-a uma boa opção para pratos mais agridoces.

O passo a passo é relativamente simples:

  • Use frutas frescas. Enzimas não sobrevivem ao calor ou pasteurização. Frutas enlatadas não são indicadas;
  • Para preparar a polpa ou o purê, basta triturar ou amassar. Uma colher de sopa para cada 500 g de carne costuma ser o suficiente para cobrir as peças;
  • Cortes tenros levam de 30 minutos a 1 hora para que o processo seja concluído, enquanto cortes duros levam de 12 a 24 horas, dependendo da fruta e da espessura;
  • Mantenha a marinada sempre refrigerada (entre 0°C e 4°C) para segurança do alimento. Valores acima ou abaixo disso podem comprometer o resultado desejado;
  • Antes de levar à grelha, retire o excesso de fruta.

6 – Iogurte e leitelho (Buttermilk)

Preparado de carne com iogurte e leitelho (buttermilk) acompanhado de legumes, incluindo cenouras, cebola e temperos, ideal para receitas que usam iogurte e leitelho.
Foto: Kelifamily / Shutterstock

Esta técnica de marinada é tradicional em várias cozinhas, da indiana ao sul dos Estados Unidos. 

Tanto o iogurte quanto o leitelho possuem ácido láctico, que desnatura proteínas de forma delicada, amaciando a carne sem deixá-la excessivamente macia – algo que pode ocorrer em marinadas cítricas ou muito ácidas. Deve-se evitar, no entanto, o uso de leitelho ou iogurte muito ácido por longos períodos. Pratos como Tandoori Chicken (Índia) e Fried Chicken sulista (EUA) são embebidos em buttermilk com especiarias antes de serem empanados e fritos. 

 Neste vídeo, a chef Débora Sanders explica o processo de preparo do buttermilk. Em resumo:

  • Com o iogurte integral ou leitelho fresco, adicione alho, gengibre, especiarias (como cominho, páprica e curry), sal e pimenta;
  • Envolva bem a carne na mistura, garantindo que fique totalmente imersa;
  • O tempo de preparo varia conforme o corte. Frango em pedaços leva entre 4 e 8 horas, peixes levam de 30 minutos a 1 hora e carne bovina em cortes médios leva algo em torno de 12 a 24 horas;
  • Assim como na marinada enzimática, deve-se manter o alimento refrigerado entre 0°C e 4°C;
  • Para garantir a caramelização, é necessário remover o excesso da substância antes de assar a carne.

Com a técnica adequada, cada marinada destaca características próprias do corte e influencia diretamente o resultado no prato. Marcas como PUL, que trazem praticidade para o dia a dia,  são excelentes opções, pois ampliam as possibilidades de preparo. Para quem busca explorar combinações e compreender melhor esses efeitos, o site da Minerva Foods reúne receitas e orientações que mostram, na prática, como cada corte interage com diferentes tipos de marinada.


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